CALIS - CANTAGALO
A Calis é uma via com apenas duas enfiadas, mas a segunda é uma das mais incríveis do Rio de Janeiro, com lances ligeiramente negativos e buracos, certamente vale uma repetição!
Assim como a Urbanoides, ela também está de frente para a Lagoa Rodrigo de Freitas, mas fica no lado esquerdo das contenções de concreto.
Para acessar esse setor é preciso subir a ladeira da Rua Professor Gastão Bahiana e virar na primeira rua a direita. Essa rua tem uma guarita da polícia na esquina e no final dela existe um pequeno largo com estacionamento.
Nesse largo tem uma escada que termina em um portão/grade de ferro, basta seguir a trilha para a direita por cerca de cinco minutos e depois seguir pela escada de escoamento de água da chuva. Seguindo a trilha sempre margeando a pedra, é preciso passar pela Urbanoides e continuar até chegar na base da grande chaminé que fica logo abaixo das contenções de concreto.
A base da Calis fica exatamente ao lado da chaminé, onde sua primeira proteção é um parafuso e na sequencia é possível ver os grampos.
Outra opção para acessar a Calis é através da segunda rua fechada a direita da Professor Gastão Bahiana, logo após a guarita da primeira rua. No final dessa rua existe uma instalação da CEDAE, que está sendo utilizada como canteiro de obras do metro.
No lado direito dessa rua existe uma tubulação de ferro e algumas casas simples. Para entrar na trilha basta usar a tubulação como degrau e depois subir por uma escada de cimento que vai dar no quintal entre duas casas. Como é uma área particular e com cachorros ariscos, recomenda-se falar com os moradores antes de entrar.
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No final do quintal de cimento existe um barranco com degraus improvisados, logo depois um terreno meio aberto e geralmente sujo, e na sequencia já é possível identificar a trilha. Em dado momento vai haver um grande bloco de pedra, com alguns grampos velhos, que deverá ser contornado pela esquerda e mais na frente será preciso subir pela direita, para depois virar para esquerda novamente em direção a calha de escoamento de chuva. Basta pular a calha e seguir até a parede, para depois seguir margeando a rocha pela direita em direção das contenções de concreto e da chaminé.
A primeira enfiada começa com alguns lances de quinto grau relativamente bem protegidos, mas depois é preciso fazer uma longa e exposta diagonal para a esquerda cotada em quarto grau até uma parada tripla, para depois seguir reto até uma parada dupla. Nessa enfiada é preciso usar fitas longas de 60 e 80cm para reduzir o arrasto da corda. Também é preciso ter atenção para não seguir reto por um projeto inacabado, é realmente preciso seguir em diagonal para a esquerda, mas nem sempre o próximo grampo será visto.
Existe uma variante da primeira enfiada, que se localizada na parede a esquerda da chaminé e se junta com a Calis original na parada tripla. Essa enfiada é cotada em torno de quarto grau, mas é mais exposta e com agarras mais quebradiças. Ex
A segunda enfiada é a melhor parte, ela segue sempre em diagonal para a direita com lances bem aéreos e relativamente bem protegidos na casa do quarto e quinto grau, mas existe um crux cotado em sexto grau. Esse crux é uma retinha de dois grampos, que termina em um grande buraco. Ele é ligeiramente negativo, mas existem agarras grandes e confiáveis!
A segunda enfiada termina em platô com parada dupla, mas existe a possibilidade de seguir por mais alguns metros e fazer cume. Como não existe parada com grampos no final da parede, é possível abandonar uma fita ou cordelete em uma árvore.
O rapel pode ser feito em linha reta pela via Onde os Frangos Não Têm Vez. Com uma corda de 60 metros é possível com tranquilidade aproveitando todas as paradas duplas da Frangos.