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SECUNDO COSTA NETO - PÃO DE AÇÚCAR

A Secundo está localizada na face norte do Pão de Açúcar e para acessar a sua base é preciso entrar a Pista Claudio Coutinho no canto esquerdo da Praia Vermelha na Urca. Aproximadamente na metade da pista é preciso pegar a trilha para o Morro da Urca, que é praticamente uma avenida, e subir em direção ao colo do Morro da Urca com o Pão de Açúcar.

 

Chegando no colo é preciso seguir por uma trilha para a direita, em direção a face oeste do Pão de Açúcar, mas ao chegar na torre de luz (estrutura metálica) é preciso pegar uma trilha discreta para esquerda, descendo em direção a face norte. Essa trilha não é muito definida, mas vai descendo em direção a face norte, sempre na direção da rocha, até chegar na base da Secundo. A base da Secundo é muito singular, ela fica sobre um grande bloco de pedra e colada com a chaminé da primeira enfiada, não tem erro!

 

A primeira enviada começa pela famosa chaminé, que é grande e exposta, onde existe apenas que um grampo no final dela, após aproximadamente 20 metros de escalada. No entanto a proteção pode ser melhorada com fitas em blocos entalados no interior da chaminé, ou utilizando um bigbro número quatro. O bigbro #4 fica muito bem encaixado no crux, inclusive existe um bico de pedra na beirada da chaminé, que pode ser usado como apoio para os pé, facilitando a colocação da peça. Na sequencia a chaminé vira um lance de entalamento, uma espécie de fenda de meio corpo, mas depois volta a ficar aberta. Depois da chaminé a enfiada segue pela esquerda, por um sistema de diedros e fendas, sempre com grampos, e termina em um platô confortável na base da segunda chaminé.

 

Obs: É recomendável fazer uma parada intermediária no final da chaminé, para subir as mochilas, assim tanto o guia quanto o participantes podem escalar com mais facilidade.

 

A segunda enfiada é uma das mais bonitas, ela começa com uma curta chaminé, mas logo em seguida já se transforma em um diedro perfeito protegido por grampos. Ela termina em um platô com parada dupla e essa enfiada deve estar cotada entre o quarto e quinto grau, não passando dessa graduação.

Escaladas Clássicas

A terceira enfiada é curtinha, primeiro e preciso sair caminhando para a esquerda pelo platô, entrando na face externa da parede na ponta do diedro, para depois seguir por uma retinha técnica até o próximo platô onde existe uma parada dupla. Essa retinha é toda em agarras pequenas, com lances delicados para pés e mãos, sendo cotado entre sexto e sétimo grau.

 

A quarta enfiada é crux da via, ela é uma reta muito bem protegida, onde o grau vai subindo gradativamente. Essa enfiada começa com lances de sexto e no final existe um crux técnico de sétimo (7a), que pode ser feito em artificial (A0) caso seja necessário. Essa enfiada termina em uma parada dupla na parede vertical, logo a posição não é das mais confortáveis. 

 

A quinta enfiada é praticamente uma continuação da quarta, inclusive as duas podem ser feitas de uma vez só utilizando uma corda de 70m e costuras adicionais. Essa enfiada é relativamente curta e segue em agarras grandes, na casa do quinto grau, e termina em um platô grande.

 

A sexta enfiada começa com uma pequena travessia em diagonal para a direita, mas logo depois existe um lance de boulder, onde é preciso fazer uma movimento dinâmico na casa do sexto grau. Após esse lance a via segue para cima e depois cai ligeiramente para esquerda até um micro platô com uma parada dupla, sempre na casa do terceiro ou quarto grau.

 

A sétima e oitava enfiadas é a reta do mar de agarras do Secundo, que podem ser feitas em apenas uma enfiada utilizando uma corda de 70, sempre na casa do quarto grau com agarras grandes. Essa enfiada termina em um platô grande com parada dupla.

 

Para acessar a nona e última enfiada é preciso fazer uma pequena travessia para a direita, onde existe apenas um lance fácil de escalada e grande parte do trecho é feito andando. 

 

A nona enfiada é um diedro todo grampeado, onde é preciso posicionar os pés em aderência, mas sempre existem boas opções para as mãos na borda ou no interior do diedro. No final desse diedro é preciso fazer uma travessia para a direita, para depois fazer outra travessia para a esquerda, seguindo um veio de cristal. Após basta fazer um fácil lance de domínio e já é possível chegar no cume. A parada final pode ser feita em dois canos verdes de ferro em forma de ferradura.

 

Para voltar para a Pista Claudio Coutinho basta pegar o bondinho até o Morro da Urca e depois descer a trilha.

 

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